Por Rodrigo Ramos Eu não me considero um cara extremamente vaidoso. Mas minhas escolhas de vida mostram que eu sou um exibicionista.   Por essas e por outras que eu tenho esses orgulhos bestas. Eu me envaideço da música que eu escolhi para minha formatura.   Entrei com Chop Suey do System of a Down. Foi a trilha sonora da minha vida por muito tempo. O que me encaminhou para o rock definitivamente mais cru e mais pesado.   Na minha turma houve quem entrasse com clássicos, com músicas típicas de formatura, tipo aquela do Cidade Negra “você não sabe o quanto eu caminhei”, outros preferiram os hits do momento.   Nenhum dos meus colegas com os quais eu tivesse mais intimidade escolheu um som que fosse um dos seus verdadeiros favoritos.   Um dos orgulhos foi por ter causado o maior barulho da cerimônia. Outro foi por ter caminhado muito com aquela canção.    Mas teria a maioria dos meus amigos escolhido músicas mais atemporais por qual motivo?   As respostas óbvias seriam o medo de deixar momento tão importante datado e buscar demonstração de maturidade através do gosto musical.   O fato é que eu já olhava para trás naquele momento. Eu já pensava de forma nostálgica aos 23 anos. Acho que é uma característica irreversível da minha mente fatalista.   Glorificar e lapidar o passado e acabar esquecendo de viver o presente. Assim como não tirar o devido tempo para planejar o futuro.   Acho que mergulhei em alguma fenda espaço-temporal e gostei tanto desse mundo paralelo que não cabe em um balde onde sinto o conforto de uma piscina de bolas de plástico, as quais me proporcionam fazer minhas piadas clássicas e batidas.    

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