A pequena Julia dal Santos Cosechen, chamada carinhosamente pelo apelido de Julinha, precisa realizar um transplante de intestino nos Estados Unidos para sobreviver. Com o objetivo de tornar o assunto público, impactar a população gaúcha e sensibilizar os desembargadores que irão julgar o caso, a família da menina pede apoio da comunidade gaúcha para divulgar sua história. O julgamento, em segunda instância, será realizado no próximo dia 25 de maio, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre.   Entenda o caso:   Com seus cachinhos loiros e um perfil angelical, Júlia é uma criança de 3 anos e 7 meses, que nasceu com apenas seis meses de gestação e 670 gramas. Devido a complicações decorrentes do seu nascimento prematuro, que fragilizaram sua saúde e causaram limitações ao seu desenvolvimento, sofreu a perda do intestino delgado e parte do intestino grosso, atualmente tem apenas cinco centímetros do órgão. Após diversas avaliações médicas, a única esperança para Julinha é o transplante de intestino feito pelo médico brasileiro Rodrigo Viana, no Hospital Jackson Memorial, em Miami/EUA, considerado referência na realização deste procedimento.   Natural de Prudentópolis, interior do Paraná, Julinha  está submetida à nutrição parenteral total (NTP) e depende de um aparelho para alimentar-se diariamente, através de um cateter venoso. Atualmente, ela não come nada. Tanto a nutrição, quanto a hidratação é feita via cateter. “Ela pode fazer uma pausa de, no máximo, 3 horas, sem estar ligada a máquina. Passado esse tempo ela já desidrata”, explica a mãe de Julinha, Angela.   Além disso, hoje ela sofre com os efeitos colaterais do tratamento, mas segue lutando pela vida. “Nesse momento a rotina da Julinha está dificultada em função do hipotireoidismo. Ela também está sofrendo com os hormônios, que estão desregulados, o que a deixa bem abatida e inchada. Somado a isso, ela ainda precisa ficar conectada ao fio da parenteral, o que torna a locomoção bem complicada”, enfatiza Angela. Outro fator complexo é a troca da sonda do cateter e a rotina com ele. “Qualquer infecção ali pode comprometer a saúde da Júlia. Na hora do banho, por exemplo, não pode molhar o peito, pois se entrar água é muito perigoso”.   Diante da gravidade do seu caso, a família recorreu a Justiça Brasileira solicitando que a UNIÃO custeasse a cirurgia de transplante de intestino, ao valor aproximado de US$ 1,5 milhão, no exterior. Todas as demais despesas com a viagem como, hospedagem e mantimentos, de mãe e filha, foram conseguidos através de uma vaquinha online, e o restante será subsidiado pela própria família. Lembrando que atualmente  a Julia é candidata ideal para o transplante porque tem dois acessos viáveis para fazer a cirurgia, uma exigência do procedimento. “Se o cateter da parenteral sobrecarregar o acesso atual e, um próximo acesso, ela já não poderá mais fazer. Por isso, estamos correndo contra o tempo para que o caso seja julgado logo e tenhamos ganho de causa”, destaca Angela.   Agora o caso está nas mãos do TRF4 esperando julgamento, no dia 25 de maio. O processo, iniciado em Curitiba/PR, foi julgado em 28 de março de 2017, tendo sido negado em 1ª Instância, sob a alegação de que a cirurgia poderia ser realizada no Brasil. Contudo, de acordo com as informações levantadas pelo Dr. Guilherme Sarmento, advogado da família, esta cirurgia nunca foi realizada em crianças no Brasil e todos os adultos vieram a óbito durante o procedimento ou no pós-operatório. Além disso, o próprio Ministério da Saúde não incluiu, em seus dados, o transplante de intestino.   Para a família de Julinha só resta aguardar o julgamento e acreditar. “A Julinha já venceu as expectativas muitas vezes e a cada dia nos surpreende. Nosso objetivo é tornar a causa conhecida aí em Porto Alegre para que as pessoas se solidarizem, conheçam e estejam atentas a decisão dos desembargadores.”, completa Angela.      Acompanhe mais da história da Julinha:   https://www.facebook.com/juntocomjulinha/ https://www.instagram.com/juntocomjulinha http://juntocomjulinha.com.br/   Fonte: Patrícia Castro/Jornalista

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