Por Rodrigo Ramos Nossa vida, de fato, é feita no asfalto. Nos caminhos, descaminhos e encruzilhadas. No calor capaz de fritar um ovo na beira da rodovia e no frio gélido que nos dá saudade de um iglu imaginário. Eu percorri muitos caminhos sem abandonar o conforto da proximidade. Não sou aquela cerveja famosa mas sou quase No Export. Meu perímetro de ação se resume ao Mercosul raiz. Volta e meia me pego pensando na Itália ou em Nova Iorque. Mas seria tão diferente? Serviria para algo além do que destruir mitos construídos por enlatados estrangeiros? Aquela música dos Titãs me diz muito. Sou de lugar nenhum. Definitivamente não sou daqui. Mas se me perguntarem onde eu quero que meu calhambeque me leve não terei uma resposta convicta. Na verdade eu sei que quero me perder nas highways infinitas da minha capacidade de criar caminhos mentais que me levam do nada ao lugar nenhum. Justamente como eu fiz com todos vocês e comigo mesmo no decorrer desse texto.
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