Ontem fomos surpreendidos com mais um episódio de descaso de nossa história. O incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro. Eu, particularmente, gosto muito de história e fiquei muito triste ao ver em chamas uma parte importante e insubstituível do nosso passado sendo queimado da forma como foi. Triste! Revoltante! Acordei cedo hoje, liguei a televisão para me atualizar das informações do incidente e uma analogia veio em minha cabeça. Vi que as causas de tudo estão no descaso dos governantes, do pouco repasse de verbas para manutenção do local, da falta de incentivo do governo a cultura do país, da falta de estrutura para os valorosos bombeiros realizarem o seu trabalho (segundo testemunhas não havia água no local), enfim, diversos motivos ligados a falta de atenção, preservação, contribuição, atenção, etc… Tudo poderia ser evitado. Fato. Diante de tudo isso é que explico minha analogia… Quantas vezes em nossas vidas deixamos com que as coisas se incendeiem, quando poderíamos ter evitado as tragédias? Em todos os aspectos e setores de nossas existências, muitas vezes, deixamos de dar a atenção que merecem pessoas tão importantes, pessoas que fazem parte da nossa história, familiares, amigos, e que de repente, podem não mais estarem aqui… Aí sabe o que acontece? Começamos a buscar as causas de tudo. Porque não investi mais nisso ou naquilo? Porque não dei aquele abraço? Porque não dei aquele beijo? Porque eu não disse que o(a) amava? Porque eu perdi aquele dia sem sorrir??? Perdemos. Perdemos tempo de viver a nossa história. Guardadas proporções e diferenças, fiz internamente essa analogia. Quantas vezes só depois da tragédia vamos dar o devido valor ao que foi perdido? Porque tem que ser assim??? Porque? Não deixemos que a nossa negligência termine com nossa história. Não deixemos que a falta de investimento em nossas vidas façam com que percamos nosso passado, PRINCIPALMENTE nosso presente, e é claro, o nosso futuro. Depois? Depois pode ser tarde, e então, da mesma forma como estamos vendo entristecidos o Museu Nacional, podemos ter que simplesmente chorar nossas lágrimas sobre as cinzas do que foi tão importante e insubstituível. Fabiano Brasil 03.09.2018. Foto: Internet
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